quarta-feira, 29 de março de 2017

Literatura - Resenha do Livro "Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban"

Edição que li a obra (Arquivo pessoal).
Resenha: Após ter feito Guida, tia de Válter, voar como um balão, Harry Potter decidiu sair da casa dos tios. Na noite em que estava de mala e cuia em uma rua deserta, o jovem viu uma estranha aparição do outro lado da rua. Aquilo despertou em Harry ao mesmo tempo um sentimento de medo e curiosidade. Depois do susto, um ônibus de bruxos perdidos apareceu na rua e assim, Harry decidiu se dirigir até o Caldeirão Furado, que era o  bar que dava entrada ao Beco Diagonal, local onde os bruxos fazem as compras de artefatos do universo mágico. Passou os últimos dias das férias de verão curtindo o que aquele lugar mágico possuía. 

A aventura da terceira obra da série de livros gira entorno da fuga de um perigoso prisioneiro que escapara de Azkaban, a prisão dos bruxos. Essa notícia afrontou muito o Ministério da Magia - órgão responsável por legislar e realizar julgamentos no mundo dos bruxos -, o qual mandou seres que, são responsáveis pela defesa de Azkaban, a Hogwarts, para proteger o castelo que receberia seus alunos para o ano letivo que se iniciava, eles eram conhecidos por dementadores, e eram capazes de sugar toda o sentimento de alegria que havia em uma pessoa.

Harry Potter, que já estava bem adaptado a sua nova vida de bruxo iria cursar o terceiro ano em Hogwarts, a Escola de Magia e Bruxaria em que estudava. Neste ano, ele e mais seus colegas de turma iriam estudar novas disciplinas e aprenderiam conteúdos mais complexos de magia. É interessante observar que nos livros este aspecto de universo acadêmico dos bruxos é bem descritivo e muito mais bem trabalhado que nos filmes.

Os dementadores se tornam um perigo a Harry nesta história
(Arquivo pessoal).
Um novo professor da matéria de Defesa Contra a Arte das Trevas, chama a atenção de muitos. Remo Lupin é muito inteligente e conquistou a turma de Harry com suas aulas interessentes. Diferente era o clima nas aulas da nova matéria de Granger, Weasley e Potter, Adivinhação, que era ministrada por Sibila Trelawney, uma mulher misteriosa que causou incômodo em alguns alunos com suas estranhas e misteriosas aulas. Sem contar também, as aulas do professor que literalmente detestava a presença de Harry, Severo Snape, professor de Poções, fazia de tudo para contrariar o pequeno bruxo e seus amigos.

Em Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, Sirius Black, o prisioneiro foragido que causa grande temor em todos é o motor de todas as ações que movimentam a trama do livro. Mais uma vez, Harry Potter, Hermione Granger e Rony Weasley se envolvem em aventuras para irem em busca de respostas e salvarem seres inocentes. Rowling soube muito bem conduzir a história do terceiro livro, sendo, para mim, o melhor dentre os três primeiros. 

O patrono é o feitiço de defesa à presença de um dementador
(Arquivo pessoal).
Outra vez é possível perceber o qual a amizade entre Harry, Hermione e Rony é vívida. Apesar das constantes brigas, eles sempre se aliam para combater ou descobrir algo juntos. Rowling certamente gostaria de passar algo a partir disso. A forma como a escritora trabalha com as personagem possibilita de destacarmos as peculiaridades de cada um, e com isso, fazer com que possamos nos identificar com elas.

Um grande destaque para história é um poderoso feitiço que é feito para se proteger dos seres obscuros, os dementadores. Lupin, foi quem ensinou a Potter esta façanha, a qual acontecia quando se pronunciasse "Expecto Patronum" e se concentrasse em uma lembrança muito feliz. O jovem bruxo da cicatriz havia visto um dementador pela primeira vez quando estava no Expresso de Hogwarts, e a aparição o fez desmaiar. Após este acontecimento, Harry sentia calafrios só de pensar nesses seres. Ele chegou a ser afrontado por eles em um partida de quadribol, e isso o fez se empenhar mais ainda para aprender o feitiço.

A história contida neste livro reserva muitas e muitas surpresas ao leitor. De fato foi isso que me chamou a atenção. As reviravoltas e o modo como a cada capítulo fui descobrindo segredos, tornaram-se essenciais fazer desta leitura muito envolvente. Nota-se que a cada livro da série o leitor descobre algo novo da vida do jovem protagonista, Harry Potter. E J. K. Rowling insere no meio dessas descobertas incríveis aventuras que são vivenciadas com emoção pelo leitor.

Capa do livro
(Imagem: Rocco).

 Avaliação do blog de "Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban":


Enredo: 9,4
Linguagem: 9,5
Personagens: 9,4
Criatividade narrativa: 9,6
Capa: 9,8

Média: 9,5






Por Lucas Afonso de Souza

quarta-feira, 22 de março de 2017

Cinema - Resenha de "Holding the man"

O amor entre Tim e John é terno, real e intenso (Imagem: Reprodução / AdoroCinema).

Sinopse: Tim e John se apaixonaram ainda adolescentes quando estavam no ensino médio. John era o capitão do time de futebol, e Tim um aspirante a ator fazendo um pequeno papel na peça Romeo e Julieta. 15 anos depois, a vida os pregou algumas duras peças nos dois, passando por separações, discriminação, tentações, ciúmes e as perdas. Até que o destino acabou tomando um caminho inesperado.


Ficha técnica do filme:

Título: Holding the man.
Lançamento: 27 de agosto de 2015.
Duração: 2h08min.
Direção: Neil Armfield.
Gênero: Drama, Biografia.
Nacionalidade: Austrália.



“A coisa mais difícil é sentir tanto amor por você e, de alguma forma, não ser correspondido. Eu desenvolvo paixões todo o tempo, mas é só um desvio da necessidade que tenho de você. Você deixou um buraco em minha vida, um buraco negro. Nada que eu puser lá poderá ser devolvido.”


Resenha: Primeiro longa-metragem australiano que assisti, Holding the man é um filme de drama com romance homossexual. Ele se passa no período de tempo dos anos 70 a 90 e utiliza o recurso dos flashbacks para retornar ao passado e contar esmiuçadamente a história. Timothy Conigrave é um aspirante a ator e frequenta as aulas de geografia juntamente com outro rapaz, John Caleo um jogador de futebol do colégio, que despertou nele um sentimento de atração.

Os dois jovens, Tim e John, na fase do colegial, quando estão se conhecendo
(Imagem: Reprodução / AdoroCinema).

Aos poucos eles vão se aproximando. Timothy é chamado por todos por Tim, ele é um homossexual aparentemente assumido, mas que ainda sofre pela opressão, pois, o colégio em que estuda é católico. John, é de uma família muito tradicional e religiosa. O fato dos dois andarem e ficarem sempre juntos, chama a atenção de alguns funcionários do colégio, os quais são membros da Igreja Católica, padres, por assim dizer. 

Com a diferenciação de tempos, o filme se aterá a contar a fase do colegiado em que os dois enfrentam o preconceito das famílias perante a relação deles e também, a curiosidade que cada um possui em relação à sexualidade em si. Em um outro momento, já na universidade, eles participam de um grupo gay do espaço acadêmico. A partir daí percebemos a personalidade de Tim, que passa a querer ter relações sexuais com mais pessoas. John, sempre se demonstrou ser mais preservado.

Cena do filme (Imagem: Rep. /Library Without Dust).
Em 1985, eles recebem a notícia que mudam suas vidas. Os dois são positivos do HIV. A partir desse momento o filme além de se alternar entre as fases de suas vidas também foca na situação dos dois que terão que lidar com isso perante a família. Holding the man é extremamente intenso em emoções, diria que é um filme muito versossímel, pois, mostra com destreza a realidade da vida de seus personagens, sem meio termos, contendo cenas intensas, seja de dor, relações sexuais e de violência. É válido lembrar que o filme é baseado na autobiografia de Timothy Conigrave.

O drama chamou bastante minha atenção no que tange à trilha sonora, composto por lindas músicas que se relacionam muito com as cenas em que elas passam. As diferenças entre as personagens é de destacar também, Tim, é mais solto, mais despojado e rebelde, John, que fora criado em uma família mais tradicional se apresenta como um jovem mais retraído. Os dois se complementam, e podemos ver como o romance deles se encaminha. Com um final bem marcante, o drama australiano é um excelente filme que nos apresenta um produto artístico crítico, intenso e ao mesmo tempo sensível com a questão da homossexualidade, a qual deve ser tratada com este tipo de teor e não somente enviesada no prazer.

Capa do filme
(Imagem: Rep. / Filmow).

Avaliação do blog de "Holding the man":

Enredo: 9,5
Personagens: 8,9
Fotografia: 9,4
Criatividade narrativa: 8,7

Média: 9,1







Por Lucas Afonso de Souza.

sexta-feira, 17 de março de 2017

Literatura - Resenha do Livro "Harry Potter e a Câmara Secreta"

Procurei harmonizar, em cores, a foto do meu livro
(Arquivo Pessoal).
Sinopse: Os Dursley estavam tão anti-sociais naquele verão, que tudo o que Harry queria era voltar às aulas da Escola de Bruxarias de Hogwarts. No entanto, quando já terminava de fazer suas malas, Harry recebe um aviso de um estranho chamado Dobby, que diz que um desastre acontecerá caso Potter decida voltar à Hogwarts. Harry não liga para aquela mensagem e o desastre realmente acontece. Naquele segundo ano estudando em Hogwarts, novos horrores surgem para atormentar Harry, incluindo o novo professor Gilderoy Lockhart e um espírito chamado Moaning Myrtle, que assombra o banheiro feminino, além de olhares indesejados da irmã mais nova de Ron Weasley, Ginny. Todos esses problemas, no entanto, parecem menores quando o verdadeiro problema começa e algo transforma os alunos de Hogwarts em pedra. Dentre os suspeitos: o próprio Harry. Descubra o fim desta aventura emocionante.

Sinopse do Scoob.

Resenha: Harry Potter descobriu aos seus onze anos que era um famoso bruxo, cursaria seu segundo ano de estudos na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Ele odiava ter que ficar na casa de seus tios, Válter e Petúnia, nas férias de verão. Harry sempre sofria com eles e também com Duda, seu primo. No início de setembro iria começar suas aulas e para Harry não havia notícia melhor.

Com o resgate inesperado, em que Rony e seus irmãos foram até a casa dos Dursley em um carro voador, Harry sai da casa dos tios antes que as férias terminem. Além de se livrar das pirraças de seus familiares trouxas, passaria alguns dias ao lado de pessoas muito acolhedoras e simpáticas, a família Weasley. Molly e Arthur eram os pais de Rony, o pai trabalhava no Ministério da Magia e a Sr. Weasley cuidava da casa, que era para Harry um tanto quanto encantadora.

A aranha gigante é um dos destaques quanto a aventura no
segundo livro da saga de bruxos
(Arquivo pessoal).
Antes mesmo de fugir da casa dos tios, Harry conhecera em seu quarto um elfo doméstico, Dobby, que havia lhe pedido para que Harry não retornasse a Hogwarts, alegou ao jovem que ele corria grande perigo estando na escola. De uma forma inusitada e perigosa, pois, Harry e Rony não conseguiram passar na plataforma que dava passagem para a Estação de Trem de King's Cross, eles pegaram o carro de Arthur e voaram para Hogwarts.

Neste livro, um grande perigo assombra a escola. Algo que já acontecera na escola há muitos anos atrás, repete-se. Uma câmara secreta escondida no castelo guarda um terrível mal que mata pessoas que não são bruxos. Com isso, os três amigos, Harry Potter, Hermione Granger e Rony Weasley, decidem desvendar este mistério. Mas, ao longo da aventura eles possuem restrições que acabam por dificultar a missão deles. Experimentam até tomarem uma poção chamada polissuco que faz com que passem a possuir o corpo e a aparência de uma outra pessoa.

(Arquivo pessoal).
Personagens como Draco Malfoy e seu pai Lúcio, causam grande desconforto em Harry, Draco é seu inimigo dentro da escola, e o mesmo, neste segundo ano, decide competir no quadribol, na mesma posição que Harry jogava, apanhador. J. K. Rowling realmente construiu todo um complexo em que vivem os bruxos, determinando até um esporte que com certeza garante cenas de aventura e emoção.

Até agora os livros da série estão bem mais interessantes que as adaptações cinematográficas, pois, eles são mais descritivos, e para quem gosta muito do universo de Harry Potter, os livros trazem mais energia e apresentam um mundo mágico mais vívido que os filmes. Um misterioso personagem que aparece no segundo livro é Tom Riddle, sendo para mim, um importante elemento da obra que me instigou mais a ler. As aventuras que Rowling escreveu a cada obra possuem ares de expectativa, aflição e principalmente, um intenso envolvimento do leitor com a trama vivenciada pelas personagens da ficção.



Capa do livro
(Imagem: Rep. - Paixão por Livros).
 Avaliação do blog de "Harry Potter e a Câmara Secreta":


Enredo: 9,2
Linguagem: 9,5
Personagens: 9,6
Criatividade narrativa: 9,4
Capa: 8,8

Média: 9,3


Por Lucas Afonso de Souza



terça-feira, 14 de março de 2017

Dicas - Estudando para o ENEM - Traçando objetivos

(Imagem: Reprodução / Blog do NEAF).
Olá pessoal! Decidi publicar para quem esteja se preparando para realizar o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) uma série de posts que irão dar dicas de estudos e de como organizá-los perante a esse grande desafio a que serão submetidos nos dias do exame. Fiz o ENEM nos anos de 2013, 2014 e 2015, sendo este último o qual consegui a minha aprovação no curso de Jornalismo na Universidade Federal de Goiás (UFG) pelo Sistema de Seleção Unificada (SiSU). Estudei sozinho e também na companhia de um amigo que dividia quarto comigo quando estudava e morava no Instituto Federal Goiano, e para mim, essa fase foi de grande proveito.

Neste primeiro post me dedicarei a apresentar o que é essencial para conquistar o que almeja e as ações primordiais para se obter o resultado desejado, ao meu ver. Primeiramente, você tem que autoafirmar suas convicções e suas metas, saber o seu objetivo principal é o primeiro passo para dar início a essa jornada que é composta por dificuldades, percalços e por tentativas falhas. Mas, saibam que, tentar métodos, tentar estilos de estudos, são formas de se arriscar a começar a estudar para um exame, e isso é essencial para que possamos perceber os nossos erros e também, é claro, os nossos acertos.

Lembrando que as minhas dicas, a maioria, basearão-se na perspectiva de se estudar sozinho ou na companhia de amigos/colegas, não somente quando se está fazendo um cursinho preparatório. Ter a iniciativa de estudar para um exame como é o ENEM, sozinho, é encarar a responsabilidade de seus ideais, de suas práticas e de provar a sua capacidade perante uma imensidão de fatores que podem prejudicar sua atenção e foco no período de estudos. Na minha opinião, manter o foco e deixar a preguiça de lado são as mais recorrentes dificuldades para quem estuda para o ENEM.

(Imagem: Reprodução / Blog Pra-Saber Pra-valer).

Ter em mente o que quer, é estar ciente de seu objetivo. Por exemplo, se você quer cursar Engenharia Mecânica ou Geografia, irá organizar suas ideias conforme a demanda que cada curso necessita. Isto é, é preciso também levar em consideração o nível de dificuldade de ser aprovado ou a concorrência, porém, não se ater somente a isso. Sobretudo, é necessário organizar os diferentes objetivos que poderá ter neste processo. A seguir, listei três tipos de objetivos, os quais, considero interessantes de se analisar:

Objetivo principal: ter em mente qual o curso que queira cursar; se não o tiver, separar possibilidades a partir das áreas de estudo de seu interesse; caso tiver mais de uma opção de curso, estar ciente das mesmas e destacar os principais fatores que a/o levou a querer a cada uma das opções desejadas.

Objetivo de estudo geral: idealizar, fazendo as devidas anotações para organizar suas ideias da maneira que possa compreender aquilo que anotou, discorrendo neste papel de que forma quer estudar para atingir os resultados esperados. Exemplo: "quero cursar Biomedicina (objetivo principal), portanto, irei estudar desta maneira - aqui se aplica a sua organização de estudo, de uma forma mais geral, anotando quais dias quer estudar e qual carga horária irá separar para tais atividades, entre outras informações que julgue ser do âmbito mais geral -.

Objetivo de estudo específico: organizar o que irá ser estudado a cada dia; depreender todas as suas limitações, adequando os seus estudos às outras obrigações e atividades que possui. A especificidade aqui diz a respeito ao que irá fazer a cada momento de estudo que você terá no dia. Qual será a ocupação de cada dia. Pretendo escrever em um outro post algumas dicas do que ser estudado mais especificamente.

A partir das próximas publicações estarei destrinchando mais o que quero passar a vocês. Também, pretendo fazer pesquisas e mesclar os métodos de estudos e melhores formas de estudar para que possam ser mais consolidadas as minhas dicas nesta coluna.

Fiquem à vontade para comentar! Agradeço a visita de vocês, até a próxima!

Por Lucas Afonso de Souza.

sexta-feira, 10 de março de 2017

Literatura - Resenha do Livro "Harry Potter e a Pedra Filosofal"

Meu livro disposto em uma cama, a qual possui uma capa que achei que
combinou com a imagem da capa do livro (Imagem: Arquivo pessoal).
Resenha: Depois de muito tempo após ter comprado toda a coleção de uma das séries de fantasia mais famosa do mundo, Harry Potter, aqui estou com a resenha do primeiro livro, Harry Potter e a Pedra Filosofal. A história começa a ser contada na Rua dos Alfeneiros, mais precisamente na casa de número 4. Lá mora uma família tradicional, os Dursley, e certo dia eles se deparam com um bebê na porta da casa. 

Harry Potter, o garoto que foi deixado na casa do casal, que na realidade eram seus tios, Válter e Petúnia, cresceu e já estava com dez anos de idade. Com uma vida complicada devido a implicância dos tios e de seu primo, Duda, o jovem praticamente não se divertia. Certa vez chegou até a casa uma carta que estava destinada a Harry, isso casou uma grande preocupação aos tios, pois, ele nunca recebera uma carta e pelo que tudo indicava aquela vinha de um lugar especial, que lembrava Lilian, a irmã de Petúnia, mãe de Potter.

Mas, Válter temeroso não permite que seu sobrinho leia a carta. Só que eles não ficam em paz, porque dezenas de cartas como aquela passam a chegar na casa de número 4. Assim, eles decidem viajar para um lugar que pudessem não receber as cartas. Após algumas tentativas, vão parar em um casebre no meio do oceano. Era noite de aniversário do Harry, faria 11 anos, e como sempre, provavelmente, não receberia comemoração, pois, seus tios e seu primo pouco importavam com ele. Porém, algo de estranho aconteceu aquela noite. Um homem gigantesco com cabelos e barbas grandes entrou no recinto assustando a todos.

Hagrid, fora buscar Harry, que foi convidado para estudar na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, sendo que este convite era o conteúdo da carta que havia atormentado os tios. Mas, tudo isso lhe casou um grande estranhamento, indagou-se se realmente existiriam bruxas e bruxos em seu mundo. Quem estava mais perdido ainda era Hagrid que ficou muito bravo com Válter e Petúnia por não terem contato toda a verdadeira história sobre a vida de Harry e o que aconteceu com seus pais há onze anos atrás.

Com isso, Harry conhece toda a realidade na qual ele estava inserido. Seus pais haviam sido assassinados por um bruxo muito perigoso, que se chama Lorde Voldemort, mas que todos nem mencionavam o nome dele após o ocorrido, intitulando-o de Você-Sabe-Quem ou Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado. Na noite da morte de Lilian e Thiago Potter, pais de Harry, Lorde Voltemort ao lançar um feitiço em Harry não conseguiu matar o garoto apenas lhe deixou uma cicatriz em forma de raio em sua testa. Por incrível que pareça o tal bruxo maligno perdera muito de seu poder, alguns acreditam que ele tenha morrido, já outros creem que apenas esteja se escondendo.

O beco diagonal é uma dos ambientes destaques do início do primeiro livro
(Arquivo pessoal).
A vida do pequeno e famoso bruxo Harry Potter mudara completamente. Em um dia estava junto com seus tios trouxas (a denominação trouxa se dá a quem que não nasce bruxa ou bruxo), no outro soube que estava indo estudar em uma das maiores escolas de bruxaria do mundo e que era famoso por ter sobrevivido a um ataque de magia negra. Hagrid, que é o guarda-caça de Hogwarts, foi um grande companheiro e lhe dera várias informações para que Harry pudesse se adentrar da melhor maneira em sua nova vida.

Harry conhece Hermione Granger e Rony Weasley, os quais se tornam grandes amigos de Potter. Até então o jovem da cicatriz nunca se relacionara amigavelmente com outra pessoa, e os dois foram essenciais para essa fase de Harry. Hermione é uma jovem filha de pais em que um era trouxa e outro bruxo, e era muito dedicada nos estudos. Rony Weasley, possui uma grande família, sendo que três de seus irmãos estudam em Hogwarts, os gêmeos Fred e Jorge e Percy, um jovem aplicado que seguira o exemplos dos outros dois irmãos, Carlinhos e Gui, que já se formaram como bruxos. Havia também Gina, a mais nova da Sra. e Sr. Weasley.

No primeiro livro da série, o leitor será apresentado à dinâmica do ano letivo em Hogwarts. As disciplinas em que os estudantes são submetidos, às restrições e regras da escola, aos ambientes do grande e mágico castelo que servia como academia dos bruxos, ao quadribol, que é o esporte de bruxos mais famoso, à floresta proibida, às quatro casas que dividem as alunas e os alunos, sendo elas Grifinória, Lufa Lufa, Corvinal e Sonserina, e também, a Alvo Dumbledore, o diretor de Hogwarts. Ou seja, a autora J. K. Rowling soube muito bem estruturar toda uma criação mágica e fantasiosa e criar um mundo de bruxas e bruxos que é extremamente maravilhoso e engenhoso.

O filme deste livro, que recebe o mesmo nome, estreou no Brasil em novembro de 2001 e foi um sucesso de bilheteria com mais de US$900 milhões de dólares. Já o vi várias vezes e foi muito bom poder ler a história que deu origem ao longa que fora protagonizado por Daniel Radcliffe (Harry Potter), Ema Watson (Hermione Granger) e Rupert Grint (Rony Weasley). A trama contida neste livro é bem construída, nos introduz ao universo de Rownling e nos diz para que Harry Potter veio. O livro possui alguns pequenos detalhes dissonantes do filme, mas este longa segue fiel à primeira obra literária.

Estou muitíssimo feliz de publicar esta resenha no blog. Harry Potter é uma das minhas grandes paixões, e estar lendo os livros da série (depois de muito tempo), está sendo incrível! Espero que gostem, pois, nos próximos dias vocês poderão conferir as resenhas dos outros seis livros da história do bruxo mais famoso. Fiquem à vontade para comentar o que acharam da resenha ou mesmo a opinião de vocês em relação ao livro. Abraços!

Capa do livro (Imagem: Rep. / JuLund).

 Avaliação do blog de "Harry Potter e a Pedra Filosofal":


Enredo: 8,6
Linguagem: 9,3
Personagens: 9
Criatividade narrativa: 9,2
Capa: 9,4

Média: 9,1




Por Lucas Afonso de Souza


terça-feira, 7 de março de 2017

Literatura - Resenha do Livro "Um Porto Seguro"


Tão bom segura um livro e admirar uma bela vista
(cidade de Guarujá, em São Paulo)
(Imagem: Arquivo Pessoal).
Resenha: Segundo livro que leio do Nicholas Sparks, Um Porto Seguro foi minha segunda leitura deste ano. A história se passa em uma pequena cidade do litoral da Carolina do Norte, extremo leste dos Estados Unidos. Narra-se, em primeiro momento, a vida de Katie, uma mulher que chegou a poucos meses na pequena cidade para iniciar uma nova etapa de sua vida. Ela trabalha em um tradicional restaurante que se chama Ivan's, com este emprego conseguiu se adaptar bem no local, alugando uma pequena casa em uma região mais afastada.

Alex, um rapaz que já vivera um casamento ao lado de sua falecida mulher, Carly, é dono de uma mercearia e possui uma vida tranquila ao lado de seus dois filhos, Kristen e Josh. Katie, às vezes, vai até a mercearia de Alex para fazer suas compras. Aos poucos, desperta-se no coração dos dois um sentimento de afeição. Porém há impasses que impedem deles simplesmente se aterem a encontros e se conhecerem melhor. Alex que perdera sua esposa devido a uma doença que a acometera se sentia meio perdido com essa situação, mas consciente de estar alimentando algum sentimento pela mulher. Já Katie, em muitos momentos se sente em dúvida, pois, há algo em seu passado que lhe assombra. 

Katie que não se relacionava com ninguém na nova cidade certo dia se vê conversando com sua mais nova vizinha. Seu nome era Jo, muito simpática e amiga, ela passou a frequentar a casa de Katie e cada vez mais as duas se aproximavam. Jo, torna-se uma verdadeira conselheira de sua vizinha. Ensinamentos relevantes que fazem de Katie tomar novos rumos para sua vida, os quais, antes, nem passara por sua cabeça vivenciá-los.

 Meu livro próximo a conchas, lembrando que a história se passa no litoral dos Estados Unidos (Imagem: Arquivo Pessoal).

Com o passar dos capítulos é possível desvendar detalhes da trama que fora construída por Sparks. Há uma abordagem de um importante tema que pode ser discutido em um livro que é a violência contra a mulher. Katie é mais uma vítima da opressão do homem, seu passado não lhe traz lembranças boas e tudo que ela mais quer é se ver livre dessa opressão. Como diz o slogan do livro, o amor é o único refúgio. 

A narração é em terceira pessoa e possui aquela dinâmica comum a muitos livros, em que cada capítulo pode focar a vida ou momentos de determinada personagem ou personagens. A trama se consolida bem, às vezes um pouco tediosa, mas em determinados momentos há uma surpresa ou acontecimento que possa instigar o leitor. Com este livro podemos nos deparar com pessoas que lidam com certas dificuldades e depreender de que maneira o amor se coloca como a saída dessas angústias. Com cenas clichês e um toque de abordagem crítica, Um Porto Seguro não é de todo aquele comum livro de romance que costumamos ler, ele possui uma peculiaridade, que faz desta obra algo especial.
Capa do livro (que é a mesma do filme)
(Imagem: Rep. / Saraiva).

 Avaliação do blog de "Um Porto Seguro":


Enredo: 8,9
Linguagem: 8,8
Personagens: 8,3
Criatividade narrativa: 8,5
Capa: 8,7

Média: 8,6




Por Lucas Afonso de Souza

sexta-feira, 3 de março de 2017

Literatura - Resenha do Livro "A Livraria 24 Horas do Mr. Penumbra"

Livro com fundo temático (Imagem: Reprodução / Youtube).

Sinopse: A recessão econômica obriga Clay Jannon, um web-designer desempregado, a aceitar trabalho em uma livraria 24 horas. A livraria do Mr. Penumbra — um homenzinho estranho com cara de gnomo. 

Tão singular quanto seu proprietário é a livraria onde só um pequeno grupo de clientes aparece. E sempre que aparece é para se enfurnar, junto do proprietário, nos cantos mais obscuros da loja, e apreciar um misterioso conjunto de livros a que Clay Jannon foi proibido de ler. 

Mas Jannon é curioso...



Livro da resenha (Imagem: Arquivo Pessoal).
Resenha: Uma estranha e antiga livraria é o novo lugar de trabalho do jovem formado em Artes e que já trabalhara como web-designer, Clay Jannon. O serviço na Livraria do Mr. Penumbra é algo de novo que acontece na vida de Clay, tendo que trabalhar no turno da madrugada, das 22 horas até às 06, ele vai passar a conhecer um pouco mais do que tem por trás daquela fachada com escritos na fonte gerritiszoon e as mãos segurando um livro.

Há na livraria altas estantes repletas de livros, estas que medem cerca de três andares. Não há livros novos, os famosos best-sellers, na livraria. Além de alguns grandes clássicos os que mais chamam a atenção do mais novo funcionário do turno da madrugada são os estranhos e antigos livros que ficam nas partes mais alta das estantes, a região mais obscura do estabelecimento, estes recebem a denominação pelo próprio Clay de pertencentes ao catálogo pré-histórico.

Há algumas tarefas que o balconista têm de fazer na livraria e uma delas é anotar no livro de registros toda a ação realizada na loja, como a descrição bem minuciosa dos clientes. É bem raro aparecer alguma alma na madrugada quando Clay está trabalhando, mas de quando em quando algumas pessoas com características peculiares vão até a livraria. Eles parecem ser especiais aos olhos de Clay, justamente por sempre ficarem com os livros do catálogo pré-histórico.

Livro da resenha (Imagem: Arquivo Pessoal).
Com receio de perder o emprego, Clay guardara todas as dúvidas que tinha sobre aqueles livros e aquelas pessoas. Certo dia, uma garota lhe chama a atenção, seu nome era Kat Potente, funcionária do Google, uma mulher muito inteligente e nerd que despertou em Clay um sentimento. A trama aos poucos vai se consolidando. Há outros personagens que aparecem em alguns momentos, como Ashley e Mat que dividem o apartamento com Clay e o seu amigo Neel.

É interessante observar que essa história é repleta de elementos do mundo tecnológico e globalizado. O primeiro livro que leio que tem todas essas influências na obra. Mat trabalha com a estruturação de miniaturas em lego, Kat é uma mulher muito inteligente que é desenvolvedora e programadora funcionária de uma das empresas de tecnologia mais poderosas atualmente, o Google, já Neel, desenvolve aplicações para simulação do corpo humano. Isto pode chamar bastante a atenção de pessoas que gostem de tecnologia e que estejam lendo a obra. O que nos mostra que a história se trata muito além de somente livros mais de todo um emaranhando tecnológico envolto nessas produções artísticas humanas.

Repleto de mistérios que aos poucos serão desvendados não somente por Clay Jannon, mas por seus amigos também, A Livraria 24 horas do Mr. Penumbra é uma obra literária que reúne um enredo construído em prol de enigmas a serem desvendados, de um leve toque de amor platônico, uma pitada de fantasia em meio às mais novas tecnologias existentes na atualidade. Robin Sloan me surpreendeu ao passar das páginas, me fazendo ler com mais anseio em descobrir como tudo se desenrolaria.

Capa do livro (Imagem: Rep. / Editora Nova Conceito).

 Avaliação do blog de "A Livraria 24 horas do Mr. Penumbra":


Enredo: 9,2
Linguagem: 9
Personagens: 8,6
Criatividade narrativa: 9,6
Capa: 9,2

Média: 9,1




Por Lucas Afonso de Souza

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Conhecendo Mentes - Paulo Cesar

Entrevistado do Conhecendo Mentes, Paulo Cesar (19)
(Imagem: Arquivo Pessoal)
Com 19 anos, o entrevistado do Conhecendo Mentes de hoje é o dançarino Paulo Cesar. Natural de Goiânia, Goiás, o jovem já morou cinco anos na Espanha e atualmente reside no interior do estado de Goiás, São Miguel do Passa Quatro. Apaixonado por dança, ele estudou um pouco no Basileu França, escola artística de Goiânia e atualmente é professor de Ritmos na L&F Fitness Center.

Na Espanha, Paulo teve contato com muitas práticas corporais artísticas, sendo elas: dança urbana, dança contemporânea, ballet, canto urbano e lírico, ginástica aeróbica, ritmos, zumba e teatro. Ou seja, já perceberam que ele é fascinado em arte. Convido vocês a lerem a conversa que tive com ele para poderem conhecer um pouco mais dessa mente artística e bem agitada.



Eu sou totalmente inconstante, pois, desapego-me facilmente e por isso não me é difícil deixar algo de lado. A minha inconstância é em todos âmbitos da minha vida. E também, sou uma pessoa extremamente sonhadora.


A dança move a essência do jovem Paulo (Imagem: Arquivo Pessoal).


Lucas - Arte para você é?

Paulo - Para mim, fazer arte é possibilitar o outro sentir algo, seja bom ou ruim.

Lucas Afonso - Quando você descobriu a atração pela arte?

Paulo Cesar - Quando era jovem, por volta dos 11 anos, eu tive muito interesse na área de design de moda. Depois, tive o contato com a música, a partir daí comecei a cantar, foi neste período que descobri que sou autodidata. Com a música, no âmbito do cantar, comecei a compreender o ritmo, logo, passei esse entendimento para o corpo. Minha irmã sempre gostou de dançar, sempre dançávamos vários ritmos juntos, e sua companhia me fez me atrair mais ainda por este universo da arte.

Lucas - Qual foi o maior desafio de sua vida?

Paulo - Foi o fato de me adaptar à frieza sentimental dos europeus quando fui morar na Espanha. 

Lucas - O que o carnaval significa para você?

Paulo - Carnaval é o melhor tempo, o melhor momento, pois, é exatamente louco. 

Lucas - Qual aprendizado que já teve que considera mais importante?

É impressionante a flexibilidade do corpo do bailarino
(Imagem: Arquivo Pessoal).
Paulo - Um ano antes de ir para a Espanha, quando morava com minha tia, ela sempre me falava que todos os tipos de excesso são ruins. Hoje em dia eu tento controlar os meus excessos em quaisquer atividades e momentos, pois, como ela já dizia, que mesmo sendo bom, quando em excesso pode ser prejudicial.

Lucas - Quando você aceitou sua homossexualidade?

Paulo - Eu sempre me aceitei e quando eu puder dar nome ao o que era, eu simplesmente me identifiquei.  No começo eu me escondia, mas foi aos 11 anos que me assumi para todos.

Lucas - Como você percebe à diversidade social brasileira?

Paulo -  Somos um povo bastante diversificado, pois, somos heterogêneos em todos os aspectos. Porém, creio que ainda não sabemos lidar com essa pluralidade, porque no Brasil grande parte da população é negra  e mesmo assim ainda existe racismo e outros tipos de truculências sociais, seja perante à orientação sexual ou mesmo no viés religioso. Ao mesmo tempo diversificada, a sociedade brasileira também é hipócrita.

Lucas - Cite um defeito e uma qualidade sua.

Paulo - Eu sou muito irracional, considero como defeito ser irracional por poder me causar arrependimentos, e como qualidade, pelo fato de aproveitar todas as oportunidades que me aparecerem, por não sentir medo em se arriscar.

Lucas - O que mais te chama a atenção na dança?

A energia positiva transmitida por Paulo é uma grande
qualidade sua (Imagem: Arquivo Pessoal).
Paulo - Penso que nós todos queremos dançar. A vida é uma dança. Nós aprendemos passos, desde novos, e que logo temos que utiliza-los no cotidiano. Para mim é possível comparar uma coreografia com uma relacionamento que mantemos em nossa vida, por exemplo, quando conhecemos uma pessoa é como se depararmos com uma nova coreografia. Qualquer erro na dança (coreografia) poderia ser comparado a um equívoco/deslize neste relacionamento. O mais interessante da dança é que ela pode ser comparada com a vida.

Lucas - Quais são seus projetos para o futuro?

Paulo - Eu não tenho projetos, mas sim, vontades. Vontade de entrar em um grupo de dança, em uma trupe de teatro ou mesmo uma banda, pode abrir brecha até para brilhar no Super Bowl. Enfim, anseio sempre trabalhar com o que gosto, trabalhar com arte.

Lucas - Qual frase definiria a personalidade de Paulo Cesar.

Paulo - É melhor ter se arrependido por ter feito do que se arrepender de não ter feito.


Por Lucas Afonso de Souza.


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Literatura - Resenha do Livro "As Crônicas de Nárnia"

Titulo da resenha de hoje (Imagem: Arquivo Pessoal).

Há muito tempo que estava querendo ler esta obra. Escrita por Clive Staples Lewis, intitulada As Crônicas de Nárnia, reúne sete livros que compõe o universo do mundo de Nárnia criado com excelência por Lewis. Para facilitar e ficar mais organizada a resenha, irei separar a resenha das crônicas por livro, tudo em um mesmo post. Sejam bem-vindos à Nárnia!

O Sobrinho do Mago

Capa do livro
(Imagem: Rep. / Submarino).
Duas crianças. Polly e Digory. Vizinhos que descobrem juntos algo que mudou suas vidas. Digory mora com seus tios e sua mãe que está muito doente. Seu tio, André, é um homem sem sanidade e que esconde segredos da família. Polly, que mora a poucos metros da casa do garoto, mora com seus pais e possui uma vida diferente da dele, o qual conhecera certa manhã. Após conversarem, os dois passam a formar uma grande amizade.

E é este laço que os levará, por conta de um experimento idealizado pelo tio louco de Digory, a um lugar bem diferente do mundo comum. Ao usar anéis mágicos as duas crianças vão parar no Bosque Entre os Dois Mundos. Um lugar onde as coisas se passam lentamente e com muito monotonia, até dá para sentir e ouvir as árvores crescerem.

A grande aventura se inicia. Dois jovens aventureiros. Mundos diferentes. Eles conhecem uma feiticeira, que é a rainha de um lugar chamado Charn. Ela é uma mulher extremamente mandona, vaidosa e imponente. Entre os anéis que os dois jovens possuíam, havia um amarelo que os direcionava ao bosque e o verde que fazia com que eles retornassem à Londres, cidade em que moravam.

Capa do livro O Sobrinho do Mago (Imagem: Arquivo Pessoal).

Um problema, ou talvez um imenso problema ocorre. Quando Polly e Digory retornam não estavam a sós. A feiticeira havia viajado com eles e se apresentava como uma mulher mais encantadora e bela quando estavam em seu mundo. Mas, o que menos esperavam é que iriam novamente viajar entre mundos, e achar um lugar especial, em criação. Todos, até mesmo o tio André, viajam para intensa magia de um outro mundo.

O livro é curto e apresenta uma narrativa bem simples. Lewis possui o dom da escrita visando conquistar o público infanto-juvenil. A fantasia da história é marcante. Em O Sobrinho do Mago conhecemos a terra palco das várias aventuras presentes nas crônicas. Nárnia, Aslam (o leão) e os vários animais falantes e seres encantados aparecem neste primeiro livro.

O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa

Capa do livro
(Imagem: Rep. / Wikipédia).
Suzana, Lúcia, Pedro e Edmundo, quatro jovens de Londres se mudam por causa da Segunda Guerra Mundial para viverem no casa de campo de um velho professor. Uma nova vida aos quatros que terão que conviver com uma governanta rígida, mas pela sorte deles, o professor é um bom homem e bem simpático. 

Ao darem iniciativa para explorar a grande casa, Lúcia acaba descobrindo algo de especial em uma sala que contém apenas um grande guarda-roupa. A garota resolve então entrar no móvel e acaba transitando para um outro mundo, um lugar fantástico com animais falantes, seres mágicos, bruxas entre outros elementos que não são nem de longe, comuns no mundo real.

Lúcia, após ter ficado horas neste outro mundo, que é justamente Nárnia (criada por Aslam em O Sobrinho do Mago com a presença de Polly e Digory e companhia) ao retornar para o guarda-roupa, percebe que não havia passado o tempo e estava no mesmo instante em que havia entrado na passagem para o universo narniano. Logo conta aos irmãos sobre o ocorrido, porém eles não acreditam na história.

Capa do livro O Leão, a feiticeira e o guarda-roupa (Imagem: Arquivo Pessoal).
Lúcia em companhia de Tomnus
(Imagem: Reprodução / Listas Literárias).
O professor então conta à eles que não se deve desacreditar da fantasia que possa existir. Em certa oportunidade, os quatros entram no guarda-roupa e chegam, juntos, ao mundo comentado pela mais nova. Nárnia, apresenta aos mesmos grandes aventuras que terão que enfrentar para encarar a imponência de Jades, a feiticeira. Sim, é a rainha de Charn que ficou presa em Nárnia, quando esta ainda estava sendo criada. E também, as belezas do destemido, Aslam.

Lewis escreveu a história de maneira bastante fluida, permitindo o término da leitura em poucas horas. Um bom livro destinado ao público infanto-juvenil que elucida a imaginação dos leitores, proporcionando a fruição de nossa leitura ao conhecer a grande magia existente em Nárnia.

O segundo livro da coletânea traz Suzana, Lúcia, Pedro e Edmundo, quatro personagens que são importantes para a continuidade das incríveis histórias que compõe As Crônicas de Nárnia. Nos é apresentado mais sobre a história do fantástico mundo, características e peculiaridades dos que nele habitam.

O Cavalo e seu Menino

Capa do livro
(Imagem: Rep. / Saraiva).
A história que se passa no terceiro livro da obra de C. S. Lewis, refere-se aos tempos em que Pedro e seus irmãos ainda reinavam Nárnia, período que ficou conhecido por Idade do Ouro. Só que a aventura se inicia em terras longínquas aos ares e encantos narnianos. Calormânia é um reino governado por Tisroc, um rei soberano que juntamente à divindade Tash representam grande poderio aos tarquianos e habitantes da Calormânia. Bem ao sul dessas terras, viviam próximo a um rio, Arriche, um velho pescador, e Shasta, um menino que cresceu pelos cuidados do velho, mas que na verdade não era seu filho.

Certo dia chegou na moradia de Arriche, um homem que se apresentava em trajes e modos que indicavam a sua posição na sociedade da Calormânia. Ele era um tarcaã (um membro da alta linhagem). Ele estava com a intenção de comprar o menino do pescador. Só que ambos, Arriche e o tarcaã não desconfiavam que Shasta e o cavalo do visitante armavam uma fulga. O cavalo, que após um tempo passou a ser chamado de Bri, era um narniano, que possuia o dom da fala. Ao ver Shasta depreendeu que o mesmo não era da Calormânia, supôs pelas características do jovem que ele fosse das terras do norte. Assim, ambos, resolveram arpar em uma longa aventura com destino à Nárnia.

Capa do livro O Cavalo e seu Menino (Imagem: Arquivo pessoal).
No meio do caminho encontraram uma jovem garota, a qual se chamava Aravis, na companhia de uma égua, Hoin. Ambas, que também estavam a caminho do norte, acompanharam os outros dois. Um dos grandes desafios a serem enfrentados pelos jovens aventureiros era a travessia que tinham que fazer na grande cidade de Tashbaãn. Tanto que, ao atravessarem a cidade, vários acontecimentos culminam em reviravoltas e na aparição de antigos reis de Nárnia. Acontece que Rabadash, filho de Tisroc, ao saber que Susana (antiga rainha de Nárnia) não estava concordando com a possibilidade de se casar com ele e fugiu com os visitantes narnianos em terras da Calormânia, ficou extremamente furioso e decidiu guerrear com o reino de Nárnia. Envolve-se também nesta história o reino de Arquelândia, que se encontra entre a Calormânia e Nárnia.

O Cavalo e seu Menino foi um livro que me surpreendeu muito, pois, não esperava uma bela e emocionante história que não se passasse em Nárnia. A trama é bastante envolvente, mostra a nós com perspicácia o espirito de aventura imerso no jovem Shasta, de sua valentia frente às novidades e adversidades que apareceram em sua vida após a decisão de fugir com Bri, o cavalo. C. S. Lewis soube estruturar bem a narrativa e optou em alguns momentos, a cada capítulo, por focar em situações vivenciadas por cada personagem em particular. Deste modo, tudo pôde se juntar e constituir uma boa obra literária de aventuras e fantasia.

Príncipe Caspian

Capa do livro
(Imagem: Rep. / Mundo Nárnia).
No momento em que menos esperavam, Pedro, Susana, Lúcia e Edmundo, retornaram ao que parecia as terras de Nárnia só que bem diferente do tempo em que governavam por lá. Eles estavam em uma estação de trem e de repente se viram em uma praia. Depois de andar um pouco e desbravar o curioso local, descobriram que se tratava da região de Cair Paravel. Próximo dali, acharam um anão que seria atirado ao mar por dois homens, eles o salvaram. Foi a partir do anão que souberam o motivo da vinda deles à Nárnia.

Assim, contou-se a história do príncipe Caspian. Habitavam em Nárnia, um povo que não era nem de longe parecidos com os antigos narniano, eles são os telmarinos, e seu rei, era Miraz. O rei morava com sua esposa e seu sobrinho, Caspian. Na verdade, após a morte do antigo rei de Nárnia, Caspian IX, quem se apossou do trono foi o irmão, Miraz, deixando para o próximo legado o lugar para o pequeno Caspian X. O garoto herdeiro do trono não gostava de seus tios, ele adorava ouvir histórias fantásticas contadas por sua ama. Depois que sua ama foi despejada após o menino contar ao tio que ela narrava histórias sobre Nárnia na Idade do Ouro, ele passou a conviver com um doutor que lhe ensinaria muitas coisas, seu nome era Cornelius.

Cornelios foi um grande orientador e companheiro de Caspian, e assim, tornou-se um grande amigo do príncipe. Ele, contrariando Miraz, também lhe contava sobre Nárnia e disse que era tudo verdade, pois, os telmarinos acreditavam que as histórias sobre os povos antigos que habitavam aquelas terras eram lendas. Houve um dia em que Cornelius lhe contou que Miraz era um grande traidor, o qual ao saber que sua esposa estaria grávida faria de tudo para acabar com a vida do sucessor, o próprio Caspian, para que seu filho pudesse se tornar rei. Deste modo, o doutor sugeriu uma fuga do castelo ao jovem, para que pudesse assim se salvar das mãos do traidor.

Capa do livro Príncipe Caspian (Imagem: Arquivo Pessoal).
A aventura de Caspian foi muito interessante. Pois, é neste momento da história que ele descobre de fato que os antigos narnianos existem e que ainda habitam Nárnia. Foi nesta jornada que ele conhecera Trumpkin e Nikabrik, dois anões, e Caça-trufas, um texugo. Algo de inesperado ocorre, e tanto Caspian quanto os antigos narnianos descobrem que se encontram em perigo agora que Miraz descobrira que Caspian estava acompanhado por um povo que nem mesmo julgava acreditar em sua existência. Um presente dado ao príncipe por Cornelios, a trompa da antiga rainha Susana, foi essencial para receberem alguma ajuda.

Não há nada melhor do que uma boa leitura com um bom café (Iamgem: Arquivo Pessoal).

O anão que contou a história aos jovens e antigos reis de Nárnia era Trumpkin, e a trompa que foi tocada trouxe os quatros a Cair Paraveu. Deste modo, arparam os quatro e o anão para a Mesa de Pedra que era onde estava Caspian e os narnianos. Um combate entre os telmarinos e os narnianos estava prestes a acontecer. O livro Príncipe Caspian traz diversas analogias com o segundo livro da coleção de histórias, O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa, e assim proporciona a ideia de complementação e continuação da narrativa sobre o mundo mágico.

É interessante observar o amadurecimento das personagens principais em relação à primeira aparição deles em Nárnia, como que cada animal falante contribui para encantar e dar o ar que faz parte da essência de Nárnia e também como é graciosa a participação de Aslam nas histórias, sua maestria e sabedoria encantadoras. O livro também apresenta, assim como os outros, uma ótima aventura a ser lida, com todas as dificuldades enfrentadas pelas personagens e também encantamentos.

A Viagem do Peregrino da Alvorada

Capa do livro
(Imagem: Rep. / O Dono do meu Sorriso).
Lúcia e Edmundo vão passar um tempo na casa de seus tios que são pais de Eustáquio, um garoto implicante que não era um bom primo para os dois. Pedro estava estudando e Susana havia saido em viagem com os pais aos Estados Unidos. Sobrara para os dois mais novos dos quatro, passar infelizes dias ao lado do primo Eustáquio. Mas, o que eles menos esperavam é que vivenciariam mais aventuras no mundo de Nárnia. No quadro do quarto do primo, o mais bonito da casa dos tios na opinião de Lúcia e Edmundo, havia a representação de um grande barco e a água parecia se mover. Como imaginavam os antigos reis de Nárnia,  havia magia naquele quadro. Foi através do mesmo que Edmundo, Lúcia e Eustáquio entraram no mundo mágico..

Eles foram parar no mar e logo subiram no que seria a própria embarcação que estava representada no quadro. Caspian e Ripchip (um personagem super bacana que esteve em o Príncipe Caspian) estavam a bordo. O então rei de Nárnia explicou o que estava acontecendo: o reino se encontrava em paz, ele estava em busca de sete amigos de seu pai que sumiram na época em que Miraz, seu tio, assumiu o reinado, assim, deixou Trumpikin tomando conta e arpou em uma grande aventura com destino aos lugares mais distantes. Entre esses lugares estavam as Ilhas Solitárias e o que todos acreditavam  o que seria o Fim do Mundo.

Capa do livro A Viagem do Peregrino da Alvorada (Imagem: Arquivo Pessoal).

Eustáquio relata em uma espécie de diário de bordo as experiências vivenciadas em cada aventura pelos tripulantes do Peregrino. Os trechos do diário do londrino são interessantes, pois, trazem um outro tipo de narrativa mesclada à original. Neste livro outros tipos de aventuras e magias aparecem trazendo algo novo se comparado ao que já foi narrado nas histórias anteriores. Toda a descrição minuciosa da viagem no barco remonta a uma narrativa rica em detalhes e que possibilita com que possamos nos aproximar da realidade vivida pelas personagens.

O quinto livro da obra de C. S. Lewis encerra mais uma etapa das idas e vindas para o mundo mágico de Nárnia, o que poderão entender quando lerem o livro. Ao ler este livro me lembrei muito da saga Piratas do Caribe, justamente pela semelhança das aventuras que os personagens passam ao longo do enredo. Em A Viagem do Peregrino da Alvorada a magia relacionada aos mares e ilhas é bem marcante e super recomendável aos que gostam de ler este tipo de história.

A Cadeira de Prata


Capa do livro
(Imagem: Rep. / Adoro Cinema).
Uma nova aventura se inicia no sexto livro da obra As Crônicas de Nárnia de C. S. Lewis. Agora, novos filhos de Eva são chamados para o mundo mágico. Jill e Eustáquio (o primo de Edmundo e Lúcia que participara das aventuras nos mares no livro anterior), vão à Nárnia e são escolhidos por Aslam para uma importante missão. Caspian X já se encontrava a beira da idade, seu filho, o príncipe Rilian, havia sumido há anos após ir atrás de um monstro, melhor dizendo uma gigantesca serpente, que matara a sua mãe.

Antes de chegar à Nárnia, Aslam em um encontro com a nova aventureira, Jill, passou-lhe os sinais que teriam que seguir para ir atrás do príncipe perdido. O primeiro sinal era que Eustáquio ao avistar um grande amigo deveria ir ao seu encontro, pois, assim teriam uma grande ajuda; O segundo sinal era viajar para as terras do Norte até encontrarem a cidade em ruínas dos gigantes; O terceiro sinal seria uma inscrição em uma pedra que estaria na cidade em ruínas; E, o último sinal, seria o reconhecimento do príncipe, pois, ele seria a única pessoa em toda a viagem a pedir alguma coisa em nome do Leão Aslam. Para que Jill não se esquecesse dessas relevantes instruções, Aslam pediu para que ela sempre repetisse todas as vezes ao dormir e ao acordar.

Capa do livro A Cadeira de Prata
(Imagem: Arquivo Pessoal).
Quando Jill e Eustáquio chegaram a Cair Paravel, Caspian X já estava de partida para as Sete Ilhas, possivelmente gostaria que seus últimos dias se passassem neste lugar especial em que já vivenciara grandes aventuras. Com isso, não deu para que eles se encontrassem. O primeiro sinal já estaria falho, pois, Caspian era um grande amigo do jovem londrino.

Uma coruja chamada Plumalume foi a responsável por levar os dois pequenos filhos de Eva para se encontrar com o paulama (uma espécie de homem com aspectos de um sapo) que se chamava Brejeiro. Ele seria o acompanhante dos dois na aventuram. Arparam para o Norte. Mal esperavam que teriam pela frente vários perigos a serem enfrentados. O interessante é observar que este livro rememora a experiência de um ser humano em contato com a magia narniana, como foi o caso dos quatro irmãos em O Leão, a feiticeira e o guarda-roupa e acontece com Jill nesta história.

Tiveram contato com gigantes, primeiramente eles se apresentavam como seres bastante esquisitos, como bobões que não possuíam consciência alguma. Após atravessarem algumas colinas em que estavam os gigantes eles encontraram uma dama com vestido verde acompanhada de um cavaleiro que estava com seu rosto tampado. Ela disse aos viajantes, os quais já estavam muitíssimos cansados de toda a viagem, que se seguirem o caminho à frente encontrariam uma cidade chamada Harfang, lá viviam bonzinhos gigantes que lhes dariam hospedagem, banho e comida, tudo que Jill almejava naquele momento.

Entretanto, após a pequeno conversa com a mulher misteriosa de verde, eles passaram a esquecer o intuito da viagem e caminhavam com determinação a chegar na cidade de Harfang. Jill não repetia mais o sinais dados por Aslam, e assim, o foco da viagem perdeu um pouco de rumo. A aventura contém algumas surpresas e novidades, as quais não foram contidas nas demais histórias de Lewis. A narração é bem semelhante aos outros livros, e por ser em terceira pessoa mostra com muitos detalhes e descrições os acontecimentos.

A Cadeira de Prata nos reserva muitas emoções e descobertas de mais seres mágicos criados pelo escritor irlandês. E também, a continuidade das aventuras e de toda a história real iniciada com Pedro, o Grande Rei de Nárnia. É bacana como as histórias se atrelam uma a outra, mas ao mesmo tempo a cada livro há uma novidade que nos faz reconhecer o talento exímio de Lewis em criar o universo fantástico de Nárnia.

A Última Batalha


Capa do livro
(Imagem: Reprodução / All While).
O início da história é um tanto quanto cômica ao meu ver. Manhoso é um macaco muito exibido e mandão que tem sempre ao seu lado um jumento que se chamava Confuso. O animal era mais um escravo do macaco do que um amigo. Eles viviam no Lago do Caldeirão, em Nárnia. Manhoso sempre lhe pedia para fazer as coisas ao seu mando, e sempre se encontrava de folga e com preguiça. Certo dia, ao avistarem algo amarelado que estava próximo a uma cachoeira sobre a água, o macaco decidiu ir atrás daquilo para checar o que era. Sobrara ao jumento, que se julgava inferior e menos sábio que Manhoso, para se jogar na água e trazer aquele objeto.

Na verdade, era uma pele de leão. Isso chamou bastante a atenção de Manhoso. Um plano maléfico surgiu em sua mente. Decidiu enganar a todos os seres falantes narnianos que havia se comunicado com Aslam, o Grande Leão, o Criador de Nárnia. Assim, mostrou a todos o jumento fantasiado de leão, e eles acreditaram que aquele ser seria mesmo Aslam. Toda essa história chegou aos ouvidos de Tirian, o atual rei de Nárnia, isso o intrigou muito e fez com que arpasse com destino ao local onde estava o que todos acreditaram que era o Leão.

Capa do livro A Última Batalha
(Imagem: Arquivo Pessoal).
Tirian e Precioso, seu unicórnio, foram ao encontro do local onde estaria o leão. Na medida em que iam se aproximando estranharam muito o que estava acontecendo, dríades sendo mortas, animais sendo escravizados e calormanos perambulando por terras narnianas. Quando chegaram se depararam com um esquisito macaco com vestes que não combinavam nem um pouco com ele. Tirian achava tudo muito estranho, ainda mais pelo jeito que Manhoso tratava a todos e se dizia porta-voz de Aslam.

As coisas só pioravam. Tirian foi preso e pediu ao Grande e Verdadeiro Aslam que lhe escutasse e mandasse ajuda, assim como ocorreu em várias outras histórias em que crianças do Outro Mundo vieram para ajudar os narnianos. De repente em um sonho ele avistou várias pessoas em uma mesa, e rapidamente voltara para a realidade. Após alguns minutos apareceram em sua frente dois jovens, eram eles Eustáquio e Jill. Ambos estiveram em Nárnia e salvaram o antigo príncipe Rilian a muito tempo atrás (lembrando que o tempo de Nárnia e o tempo do mundo dos filhos de Adão e Eva se passam de forma diferente). Os dois jovens de Londres estavam em Nárnia para ajudar o rei dos perigos que ameaçavam o reino.

Inicia-se então esta que seria a última aventura a ser vivenciada nesse mundo fantástico. Todos os apuros, batalhas e perigos vividos pelas personagens foram mais intensos e vívidos neste livro. As cenas de ação foram muito bem descritas por Lewis que soube muito bem conduzir a trama do enredo. O plano do ambicioso macaco Manhoso é muito perigoso e envolve algo bem maior do que inicialmente Tirian imaginava. Os tarcãas também entram nesta história e participam dos embates e batalhas que contém ao longo do enredo.

A Última Batalha apesar de ter iniciado de forma bastante fraca ao meu ver, pois não gostei nada da personagem do macaco, ao passar dos capítulos se mostrou como uma forte história merecida de ser a que encerra toda uma saga de aventuras fantásticas. Realmente é emocionante quando podemos rememorar tudo que já limos em outras aventuras, rever personagens, enfim, cenas que um leitor atento irá gostar muito. O desfecho é bem feito e concluí de forma bastante emocionante todo o enredo que fora construído com maestria pelo glorioso C. S. Lewis.

Conclusão

Enfim, depois de dias lendo este enorme conjunto de incríveis histórias, encerro a leitura de uma das obras de fantasias mais famosas em todo o mundo. As Crônicas de Nárnia possui várias alusões à Bíblia Sagrada cristã, Aslam pode ser comparado a Deus por sua bondade e grandeza, os seres humanos são chamados de filhos de Adão e Eva, entre outros traços que nos levam a crer a intenção que o ator teve ao escrever. Há a presença da seres mitológicos como faunos, dríades e centauros. Conclui-se então, que Lewis se inspirou em dissonantes vertentes para criar um próprio mundo.

A leitura de As Crônicas de Nárnia é um motor à nossa imaginação e imaginário, uma fantasia rica e extremamente mágica.
(Imagem: Arquivo Pessoal).

A narração é algo peculiar, em alguns casos me confundi pensando que o narrador de determinada história poderia ser até mesmo uma das personagens do livro, porém no geral ele se apresentada como onisciente, o qual possui uma posição mais ativa ao longo do enredo narrado. O escritor irlândes soube bem construir toda a narrativa e tudo que se engloba entorno da mesma. É de fato uma fantasia maravilhosa, destinada a todo o tipo de público que nos apresenta ensinamentos e sobretudo, induz nosso imaginário a construir toda o universo mágico de Nárnia.

Capa do  que contém todos os livros resenhados separadamente
(Imagem: Reprodução / Portal JuLund).


 Avaliação do blog de "As Crônicas de Nárnia":


Enredo: 9,4
Linguagem: 9,8
Personagens: 9,5
Criatividade narrativa: 8,9
Capa: 9,4

Média: 9,4




Por Lucas Afonso de Souza
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