terça-feira, 29 de novembro de 2016

Literatura - Resenha do Livro "A Cabana"

Sinopse: A filha mais nova de Mackenzie Allen Philip foi raptada durante as férias em família e há evidências de que ela foi brutalmente assassinada e abandonada numa cabana. Quatro anos mais tarde, Mack recebe uma nota suspeita, aparentemente vinda de Deus, convidando-o para voltar àquela cabana para passar o fim de semana. Ignorando alertas de que poderia ser uma cilada, ele segue numa tarde de inverno e volta a cenário de seu pior pesadelo. O que encontra lá muda sua vida para sempre. Num mundo em que religião parece tornar-se irrelevante, "A Cabana" invoca a pergunta: "Se Deus é tão poderoso e tão cheio de amor, por que não faz nada para amenizar a dor e o sofrimento do mundo?" As respostas encontradas por Mack surpreenderão você e, provavelmente, o transformarão tanto quanto ele.



Resenha: Você já se imaginou tendo uma conversa íntima com Deus? Imagine o que iria passar em sua cabeça ao perceber que estaria de fato dialogando com Jesus. Como seria a forma de representação destas divindades celestiais? Bom, essas questões e outras mais são retratadas na obra do escritor William P. Young, intitulada "A Cabana".

Mackenzie Allen Philips possui uma família com sua esposa e mais cinco filhos. Casado com Nan, Mack como é conhecido, é um rapaz tranquilo que teve uma infância não muito agradável por conta de uma relação instável com seu pai.

Após a decisão de sair com as crianças para a cidade de Joseph, juntamente com alguns amigos, uma série de acontecimentos movimentam a vida de Mack, fazendo-o repensar sobre várias questões em sua vida. Eles foram a uma casa próximo a um lago. O que era para ser dias tranquilos de diversão,  risadas e bons momentos, tornou-se um terrível pesadelo na vida de Mackenzie. Uma de suas filhas, Missy, desapareceu após todos irem acudir Josh e Kate que estavam em perigo no lago.

Trecho do livro (Imagem: Reprodução / Pensador).

No trabalho de buscas pela garota os policiais acharam um pequeno objeto que se remetia a um possível autor do crime. Uma pequena joaninha com quatro pontos pretos, estes pontos indicavam o número de vítimas do criminoso, e Missy era a quarta. O desespero de Mack apenas aumentava com o passar das horas. O que ele menos aguardava aconteceu. Acharam o vestido que Missy usava no dia de seu desaparecimento em uma cabana velha. E o pior, ele estava manchado de sangue. 

Iniciou-se um período de tormenta na vida do patriarca. Kate se culpava pelo ocorrido, dizia que se não fosse ela tudo isso não teria acontecido. A vida de Mackenzie não se desenrolava como antes, a falta de Missy o angustiava incessantemente, fazendo-o vivenciar uma grande tristeza. Mas, algo peculiar ocorreu e fez com que Mack voltasse a pensar mais naquele período obscuro de sua vida. Recebera um convite para ir a velha cabana em que encontrou o vestido de sua filha. O pequeno pedaço de papel que continha este convite, estava assinado como "Papai". No bilhete estava escrito:

Mackenzie

Já faz um tempo. Senti sua falta.
Estarei na cabana no fim de semana que vem, se você quiser me encontrar.

Papai.

Trecho do livro (Imagem: Reprodução / Contos da Colina).
Ao visualizar este nome Mack se inquietou, pensou que poderia ser alguém brincando com seus sentimentos e sua paciência. Mas, por outro lado, pensou que poderia ser Deus, pois, Nan, sua esposa, como uma mulher muito religiosa, sempre se referia ao ser celestial, com este nome carinhoso, Papai. Mack decidiu então, esperar um momento em que ele não estivesse com sua família para se dirigir à cabana. Inquietava-se em descobrir quem era Papai e se ele teria mesmo uma relação com o desaparecimento de Missy.

Mackenzie pegou o carro de seu melhor amigo emprestado para ir até o lugar. Algo inesperado acontece com ele quando esteve. Poderia ser um sonho, talvez. Talvez uma alucinação que fizera com que ele passasse a dialogar com entes dos quais nunca pensou que conversaria. Mas, tudo parecia real, era sentido por ele de maneira vívida. Mack estava prestes a vivenciar um dos melhores finais de semana da sua vida. Diálogos, ora sérios, ora descontraídos. Deus, Jesus e o Espírito Santo. Em personificações que desconstroem o que pensamos a respeito de suas imagens em nossas cabeças. 

Uma grande oportunidade que Mack obteve em restaurar a sua vida, descobrir-se por meio do olhar divino e depreender várias lições que são passadas ao longo de várias cenas em que o personagem se passa com Deus. A história é narrada por Willie, o melhor amigo de Mack, o qual emprestou o carro para essa grande missão. Assim, após Mackenzie vivenciar tudo o que ele experimentou nesses dias na cabana, Willie se tocou com a narração e deixou a possibilidade de ser um sonho ou imaginação de seu amigo e acreditou nele, acreditou que tudo isso poderia ser verdade.

Trecho do livro (Imagem: Reprodução / Love Stories).

William P. Young escreve com uma maestria sobre algo tão peculiar e complexo. Ele consegue mostrar por meio desta incrível história nuances das quais se processam em reflexões pessoais acerca de nossas atitudes, do que pensamos e acreditamos em nossa vida. "A Cabana" traz uma narrativa engajada, que não se atém a fazer uma idolatração à figura divina. mas sim, uma intensa e profícua reflexão acerca das questões espirituais e humanas. Da forma como nós lidamos com os outros e com nós mesmos. Da forma como nós vivemos. Da maneira como observamos o mundo.





Avaliação do blog de "A Cabana":

Enredo: 9,6
Linguagem: 9,5
Personagens: 8,2
Criatividade narrativa: 9,5
Capa: 9,3

Média: 9,2







Por Lucas Afonso de Souza.



sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Divulgação do Livro "Coaches que fazem a diferença - Competência e Resiliência"

Capa do livro.
Com grande alegria que compartilho a vocês mais essa boa notícia. Desde que publiquei meu primeiro artigo no "Moldando Campeões - O Esporte na Essência" pela Conquista Editora, abriu-se possibilidades na minha carreira como escritor e também como jornalista. E uma delas, foi a minha participação no livro "Coaches que fazem a diferença - Competência e Resiliência". 

Este livro também é um conjunto de artigos, compreendendo a contribuição de vários profissionais da área de coaching. Fiquei muito feliz em poder escrever o artigo "A grande lição: vivências fundamentadas no bem estar humano" nesta obra que reúne belos escritos sobre esta prática profissional que ajuda tantas e tantos a se construírem melhor como pessoa e profissionais.

Não posso dar muitos detalhes sobre a obra, prometo em uma futura publicação, como resenha. Deixo aqui o convite para o lançamento do livro que ocorrerá no dia 30 de novembro, às 19 horas, na Livraria da Travessa, Avenida das Américas, Barra da Tijuca - Rio de Janeiro. Infelizmente não poderei comparecer ao evento, mas quem estiver próximo e quiser conferir mais essa belíssima produção distribuída por esta editora que tenho grande admiração, sintam-se convidados.




Por Lucas Afonso de Souza.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Diário de Viagem - O Sertão encantado

O Sertão encantado e toda a sua maestria... 
Mais um passeio que deixou belas lembranças. Hoje, no "Diário de Viagem" falarei um pouco da minha experiência na viagem que fiz pela Universidade para o norte do estado de Goiás, mais precisamente, para a região da Chapada dos Veadeiros. Fomos em pouquíssimas pessoas, apenas cinco mais o motorista, em uma van, com destino à comunidade do Sertão, no município de Alto Paraíso de Goiás. O objetivo da viagem foi desenvolver um projeto de extensão que a Universidade possui com a comunidade, gravando materiais sobre a região para um webjornal que produzimos e também, cobrir uma celebração religiosa da comunidade.

A paisagem é de vislumbrar qualquer olhar!
Salto de 80 metros em uma das trilhas
do Parque Nacional.
Pensei muito em como era lá, como iria conversar com as pessoas, como elas nos tratariam. Foram mais de 400 km percorridos da capital goiana até o Sertão encantado. Quando tivemos nosso primeiro contato com a paisagem de lá, a admiração era visível aos olhos dos viajantes. Era uma terça-feira, à tarde, quando chegamos na casa de uma das professoras da escola da comunidade do Sertão. Ela nos passou algumas informações, ficaríamos hospedados em casas de moradores da comunidade. E já no primeiro dia, durante a noite, fomos à capela onde havia uma celebração. O mais interessante, bem próximas, estavam duas igrejas de distintas religiões. Um diálogo religioso em meio ao encanto do Sertão.

Logo que amanheceu, fomos ao trabalho. Faríamos uma cobertura dos eventos do dia naquela comunidade. Terra de povo simples e humilde, de coração grande e receptivo. Fotografamos, entrevistamos moradores e envolvidos no evento religioso, e sobretudo, conhecemos histórias. Histórias de vidas, de pessoas simples, que buscam na vida do sertão, sentidos. O abraço acolhedor, olhos ávidos e curiosos ao ver as câmeras. Pessoas que pelas coisas simples, vivem bem, sorridentes. Os registros não ficaram somente nos materiais gravados pelos equipamentos de produção, todavia, em nossas memórias. 

Esta natureza que consegue sempre me
surpreender com sua grandiosidade em beleza
e cores.
Decidimos, no último dia, visitar o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros no distrito de São Jorge, há pouco mais de 50 km de onde estávamos. Iríamos percorrer uma trilha pelo cerrado goiano. Bem, o que falar desse lugar? O encantamento e vislumbre ao olhar as maravilhas que constituem uma bela porção de verde é esplêndido. Percorremos, à pé, cerca de 10 km, com paisagens e vistas exuberantes da grandiosidade do bioma Cerrado. Foi muito rica a experiência de se aproximar mais da natureza que constitui o estado em que vivo. Belas e altas cachoeiras complementam o lindíssima composição da natureza que a Chapada dos Veadeiros propicia. 

Fica uma super dica de passeio à tod@s que amam respirar ares puros e vivenciar altas aventuras. Segue o link do website do Parque, e aproveite para conhecer um pouco mais desse lugar maravilhoso: Chapada dos Veadeiros


Por Lucas Afonso de Souza.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Reflexão - A profunda angústia

(Imagem: Reprodução / PSOL).
É meu dever de me posicionar neste espaço que utilizo para a promoção de debates e discussões. Então, como muitos já sabem ocorre um processo de tramitação, com próxima fase no Senado, para a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, reconhecida como PEC 55 no Senado. A mesma que estabelece um limite de investimento em setores bases da sociedade como a saúde e a educação, um congelamento que prevê cortes nessas áreas no período de 20 anos.

Por conta disso, instituições públicas de ensino, estudantes, técnicos administrativos e docentes vêm se posicionando e se manifestando contra a aprovação desta PEC. De fato, esta proposta significa um grande retrocesso na sociedade brasileira e que com o passar dos tempos pode causar danos estrondosos a grande parte da população, até porque ela pode interferir no salário mínimo e na qualidade de vida das pessoas. Mais uma vez os desfavorecidos economicamente se encontram à mercê das ações dos políticos. 

A PEC é uma afronta aos direitos mais básicos da sociedade (Imagem: Reprodução / APP).

Nos deparamos com um governo ilegítimo almejando praticar ações ilegítimas que ferem a Constituição de 1988. São milhões de pessoas que serão afetadas caso haja a aprovação da PEC 55. Além da atual geração de estudantes, várias outras que virão também viverão uma situação bastante delicada no que tange à realidade vivenciada nas instituições federais de ensino. A educação e a saúde serão vítimas de um arrombo histórico. Nos encontraremos em uma realidade de depravação da qualidade do serviço público após alguns anos de redução dos gastos em áreas essenciais para todxs.

Entram em confluência nesta conjuntura outras ações do governo golpista que também causam uma preconização na qualidade do ensino e em suas especificidades. Incluem-se aí as propostas do Novo Ensino Médio, que prevê mudanças na dinâmica do EM e a não-obrigatoriedade do curso de disciplinas, que para mim são primordiais, como Sociologia, Filosofia, Artes e Educação Física e também, a Escola Sem Partido, a qual propõem o não posicionamento ideológico dos docentes em salas de aulas, propiciando uma dinâmica pedagógica sem aprofundamento crítico e sem a contribuição ideológica do educador no processo de aprendizagem dos discentes. 

As recentes ocupações realizadas em grande parte do país, principalmente no estado do Paraná com mais de 800 escolas ocupadas, demonstram a força e pressão dos estudantes frente às ações do Estado. Os jovens estão mostrando ao país e ao mundo a capacidade que eles possuem de se apropriar do espaço público e de buscar direitos fundamentais à uma vida digna. Manifestações como as que ocorrem por meio de ocupações nos apresentam sentidos peculiares da ação do povo quando o Estado passa a agir através de noções opressoras e desleais para com a sociedade. A democracia se constitui justamente deste tipo de movimento, deste tipo de contra-hegemonia. E eu acredito veementemente que podemos vencer essa, aliás, somos vencedores a cada dia de resistência, perseverança e luta. 

Não é segredo que estou profundamente angustiado com toda essa situação. Perceber que vivemos em um governo "democrático" que realiza aumentos para o setor judiciário, permanece com as, extremamente, desnecessárias regalias dos parlamentares, e que dissemina ideologias opressoras que prejudicam minorias sociais assiduamente.

Vote contra a PEC 55 (Imagem: Reprodução / Sintef-GO).
Recentemente um jovem foi assassinado pelo próprio pai na cidade em que estudo, Goiânia. O pai era contra o envolvimento do jovem com o movimento de ocupação da Universidade Federal de Goiás. Eles brigaram, resultando em uma fatalidade cruel. Mais uma vítima da ausência de humanidade nas pessoas. E o pior, não foi a PM a protagonista desta morte, mas sim, o próprio pai.

O dia sempre é o hoje. Que possamos lutar como nunca pensamos que lutaríamos. Que a resistência se permaneça. E que haja sempre voz para gritar e defender os nossos direitos.


Por Lucas Afonso de Souza.


terça-feira, 15 de novembro de 2016

Séries - Resenha de "The Big Bang Theory"

Principais personagens do seriado. (Imagem: Reprodução / The Big Bang Theory)

A primeira vez que ouvi falar de The Big Bang Theory foi quando meu primo a recomendou para mim e disse que eu me parecia com o Sheldon (um dos personagens). Aquilo, confesso, despertou-me curiosidade, e assim, logo depois da recomendação passei a procurar saber mais do seriado e até a realizar o download de nove temporadas para assistir futuramente. Já tinha visto a propaganda dela no SBT, mas transmitia em um horário ruim, o que me fez não assisti-la pela TV.
Raj, Pennie, Sheldon, Leonard e Howard, da esquerda para direita.
(Imagem: Reprodução / Presto)
O grupo de jovens geeks Leonard Hofstadter, Sheldon Cooper, Howard Wolowitz e Rajesh Koothrappali e mais a garçente Pennie são os protagonistas desta série, que é muito engraçada e, na minha opinião, uma das melhores produções televisivas de comédia de todos os tempos. Ela é dirigida por Mark Cendrowski e produzida por Chuck Lorre, Bill Prady, Steven Molaro e Faye Oshima Belyeu. Uma equipe muito bem preparada e profissional que proporciona uma comédia extremamente inteligente e interessante aos telespectadores. 

Os jovens nerds são cientistas, Sheldon é físico teórico, Leonard é físico experimental, Howard é engenheiro aeroespacial e Raj é um astrofísico. Muitos dos episódios gira em torno de assuntos científicos, os diálogos cômicos se embasam em temáticas científicas ou mesmo do mundos das HQs e de super heróis, que também é o forte desta turma de nerds. Cada personagem possui uma personalidade característica que traz um humor ao seriado.

Sheldon é muito inteligente e extremamente organizado, sistemático e perfeccionista, ele, muitas vezes, se passa como alguém superior aos demais e gosta de explicar a origem de tudo. Pode-se dizer que muitos dos episódios são centrados na figura de Sheldon, seu apartamento é o cenário mais recorrente na série. Leonard mora com o físico teórico, e sempre os outros dois amigos, Howard e Raj, vão para o apartamento de Sheldon para se encontrarem e comerem com eles.

Para mim esta é uma das melhores fotos do elenco. Ficou um máximo! (Imagem: Reprodução / Kboing).

Leonard é um rapaz mais tranquilo que Sheldon quanto os assuntos relacionados à física. É mais despojado que os demais, e começa um relacionamento com a nova vizinha, Pennie, a qual mora em frente ao apartamento do Cooper. A relação dessas duas personagens é fantástica, ambas são muito engraçadas, e se tornam um casal querido pelos fãs. Mas, muitos acontecimentos dificultam a união dos dois. Howard é um judeu, aficionado por mulheres, o que mais se perde em devaneios por causa delas. Raj, indiano, não consegue falar com mulheres sóbrio, e para isso, o álcool é um grande aliado, garantindo também altas risadas nas cenas dele bêbado.

No decorrer das temporadas há a passagem e a permanência de outras personagens que sempre trazem algo de diferente ou semelhante, mas que resultam em engraçadíssimas participações no programa de TV. Curto muito assistir The Big Bang Theory, é uma série alegre, interessante, que nos faz aprender, pois, a todo o tempo, as personagens estão discutindo sobre assuntos reais que acabam nos ensinando sobre algo. E, não precisa de gostar de física para gostar de TBBT, eu mesmo sou a prova real disso.

Espero que tenham gostado da resenha. Se alguém já assistiu, comente abaixo do post a opinião a respeito do seriado. Aguardo os comentários, tenham a tod@s um excelente dia! Abraços...


Por Lucas Afonso de Souza.


sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Séries - Resenha de "Stranger Things"

A inquietação com o estranho é algo presente nesta maravilhosa série que revive os anos 80
(Imagem: Reprodução /Senso Comum)

Para fazer parte do rol de séries maravilhosas que acompanho, em agosto deste ano, eu assisti juntamente com meu irmão, Stranger Things. Distribuída pela Netflix em julho, Coisas Estranhas - em português - se tornou um grande sucesso entre os brasileiros. E como não amar tudo que ela envolve? Monstros, segredos, mistérios, crianças em aventura. De fato, do início ao fim ela me prendeu muito a atenção.
Os pequenos protagonistas são o motor que movimenta
de forma sutil o enredo de Stranger Things
(Foto: Reprodução / Minha Série).
A primeira temporada contém oito episódios. Ambientada no ano de 1983, desenrola-se com o sumiço de um garoto, o Will Byers, filho de Joyce e irmão de Jonathan. O desaparecimento de Will movimenta a pequena cidade de Hawkins e é o acontecimento chave em que se desenrolará a trama escrita pelos irmãos Duffers. A forma como Will desaparece de cena instiga o espectador a começar indagar a respeito de como é o grande mal que estará presente no decorrer dos episódios, qual sua forma, seu rosto e o que ele é capaz de fazer.

O grupo de jovens garotos formados por Mike, Dustin, Lucas e Will é uma carta na manga que encantará quem assiste no aspecto do entrosamento presente entre o grupo. Como eles são bastante próximos, os amigos de Will tratam seu sumiço como uma grande missão a ser realizada. O interessante é como os personagens se envolvem na tentativa de desvendar os mistérios que vão aparecendo. Joyce desde o ocorrido com seu filho acredita veementemente que ele ainda está vivo e busca entrar em contato com Will após sinistros acontecimentos.

Os pisca-pisca se tornou um ícone da série, pois, Joyce os usou para se comunicar com Will
(Imagem: Reprodução / Papo Torto).
A série é composto por um sentido de achar respostas. O que acontece na pequena cidadezinha americana não é comum, um grupo de pessoas sedentos por saídas e temerosos com o desaparecimento de Will Byers procuram incessantemente para descobrir a verdade. No meio disso tudo, a aparição de uma garota na vida dessas pessoas pode ser a luz do túnel em que todos procuravam.

Onze, nome dado pelo grupo de amigos protagonistas da série pela tatuagem no braço da menida, ela possui habilidades com a mente e poderes telecinétivos. On é de fato, um elemento importantíssimo para esclarecer o que antes estava muito obscuro de segredos. Algo muito maior está por trás das coisas estranhas, um grande perigo em que, ao passar do tempo, todos se encontram em risco. Uma série que te fará relembrar de produções dos anos 80, de famosas tramas que consagraram sucesso entre o público, adaptadas a uma narrativa bastante instigante e interessante.

A escolha dos atores foi fundamental para o sucesso da trama. A forma como os jovens atuam, como eles se dão bem em cena, é essencial para que se prenda a atenção e provoque o gosto pela série. Sou suspeito a falar de séries de ficção científico/fantástica, e confirmo que Stranger Things provou em uma temporada que é possível produzir uma série muito simples, mas com uma grandiosidade em texto e atuação incríveis.

A recomendação foi dada, espero que ao assistir o trailer se sintam motivados a assistir toda a temporada em apenas um dia. Aguardo comentários e agradeço pela visita!


Por Lucas Afonso de Souza.


terça-feira, 8 de novembro de 2016

Cinema - Resenha de "Casa Grande"

Capa do filme
(Imagem: Rep. / Espaço Itaú de Cinema).
Sinopse: Sônia (Suzana Pires) e Hugo (Marcello Novaes) são da alta burguesia carioca e levam uma vida bastante confortável. Aos poucos vão à falência, mas ninguém sabe de seus problemas financeiros, nem mesmo o filho Jean (Thales Cavalcanti), que faz de tudo para se desvencilhar dos pais superprotetores. Para se manter, o casal corta despesas e ele, que só se preocupava com garotas e vestibular, enfrenta pela primeira vez a realidade.

Resenha: Vale ressaltar primeiramente que o conteúdo e a trama deste filme, apesar de estar em uma produção cinematográfica, é sobretudo, extremamente real. "Casa Grande", de 2014, dirigido e escrito por Fellipe Barbosa é um filme que enaltece uma discussão muito pertinente em nossa sociedade, tornando-se uma obra que deve ser analisada criticamente com atenção na tentativa de observar e depreender situações que ocorrem no filme e as comparar com situações do nosso cotidiano.

A trama gira em torno de uma família que mora em um zona nobre do Rio de Janeiro, formada por Hugo, Sônia, Jean e Nathalie. As condições financeiras começam a desequilibrar, e  eles passam a ter dificuldades das quais não estavam acostumados a vivenciar. Jean que antes era levado pelo motorista da casa, o mesmo que é despedido por Hugo, passa a ir de ônibus para a escola. O patriarca Hugo tenta de todas as formas esconder a realidade da casa para sua esposa.

Jean, à esquerda, e Hugo, à direita
(Imagem: Reprodução / UOL).

É interessante observar a diferença de tratamento de Hugo com sua filha, Nathalie, em relação à Jean. A forma como a relação de poder do homem é desempenhada também é uma das escolhas de representação no filme. O exacerbamento é um signo muito presente na obra de Fellipe Barbosa, a grandiosidade da casa com seus vários cômodos e luzes acesas no início do filme acaba por se tornar um ícone de "Casa Grande". 


Com uma narrativa que busca compreender realidades vivas em uma sociedade patriarcal, a qual a figura do homem pai se torna a principal e responsável para sanar os problemas. Concomitantemente, a obra tece uma série de duras críticas a respeito da classe rica e aristocrática, constituída por atitudes preconceituosas. Assim, a personagem Luiza se apresenta como a garota que busca por uma vaga em uma universidade pública pelo sistema de cotas, e sofre com isso, o racismo e o preconceito da classe rica branca.

A intertextualidade de "Casa Grande & Senzala", de Gilberto Freyre, é algo que fundamenta e dá força ao enredo do filme. O estranhamento e ao mesmo tempo proximidade entre cores distintas causa impacto no resultado da obra
(Imagem: Reprodução / R7).

"Casa Grande" nada mais é do que um retrato da sociedade brasileira. A cada cena podemos perceber traços extremamente verossímeis que nos dizem muito. A maneira como cada personagem se constitui em cena é um ponto positivo do roteiro de Barbosa. De certa forma, cada pessoa do filme representa um sujeito da vida real. É sem sombra de dúvidas uma ótima opção de longa-metragem, que traz uma excelente qualidade de cinema brasileiro e uma reflexão relevante, a qual todos podem pensar a respeito.

Avaliação do longa-metragem: 8,9 de 10.

Aguardo os comentários de vocês. É muito importante trocarmos experiências e interpretações acerca de produções como essas. Grande abraço à tod@s.


Por Lucas Afonso de Souza.


sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Cinema - Resenha de "Irmã Dulce"


Trailer do filme (Fonte).


A prova de que existem pessoas com bondade no coração e que lutam com amor pela vida dos necessitados.


Capa do filme (Fonte: Adoro Cinema).
Sinopse: Cinebiografia de Irmã Dulce (Bianca Comparato/Regina Braga), que, em vida, foi chamada de “Anjo Bom da Bahia”, também indicada ao Nobel da Paz e beatificada pela Igreja. Contemplando da década de 1940 aos anos 1980, o filme mostra como a religiosa católica enfrentou uma doença respiratória incurável, o machismo, a indiferença de políticos e até mesmo os dogmas da Igreja para dedicar sua vida ao cuidado dos miseráveis – personificados na figura do fictício João (Amaurih Oliveira) –, deixando um legado que perdura até hoje.


Fonte: Adoro Cinema.


Resenha: O longa se passa no nordeste brasileiro. Retrata a vida de uma garota que aprendeu preceitos e ensinamentos de sua mãe, e que os guarda para sua vida. Estes saberes adquiridos a partir do convívio com a educação familiar são enraizados fortemente à personalidade da garota que futuramente passaria a ser reconhecida como irmã Dulce.

A pobreza presente nas regiões periféricas da cidade de Salvador na metade do século XX é evidenciada ao longo das cenas do filme. Desde pequena, irmã Dulce convivia com as pessoas que não tinham condição de uma vida digna e que passavam necessidades básicas. Sua mãe sempre ia com ela a esses lugares afastados para distribuir alimentos e  ajudar aquele povo que era esquecido pela grande maioria da sociedade.

Assim que se tornou freira, irmã Dulce continuou o trabalho da mãe e sempre prestava serviços a quem necessitava de amparo. Para isso, Dulce descumpri algumas regras do convento em que frequenta e causa insatisfação na diretora responsável pelo convento de Santo Antônio. Certo dia, ao ver um menino na rua em frente ao estabelecimento religioso, sentiu-se na necessidade de ajudá-lo, mesmo que desobedecesse o fato de não poder sair do convento à noite.

Entretanto, ao longo de sua vida, irmã Dulce sofre muito com o conservadorismo da Igreja Católica e da sociedade baiana, que não reconhece seu trabalho, e os visualiza com desdém. Em uma cena forte e cruel, o longa mostra a truculência com que agem alguns homens expulsando as pessoas que recebiam ajuda de Dulce e que estavam em uma casa abandonada - Dulce a invadira na necessidade de reunir essas pessoas e poder dar a elas um abrigo -.

Constrói ao longo de sua vida a imagem de heroína dos vulneráveis, aquela que salva os famintos e os marginalizados socialmente. Preza pela vida, e independentemente das ordens estabelecidas, age com o coração ajudando os pobres. Prova que pôde superar seus problemas de saúde, contradizendo o que os médicos disseram a respeito de seu quadro de saúde, pois, Dulce tinha um grave problema respiratório.


Irmã Dulce (Regina Braga) em meio àqueles em quem ajudava (Fonte: Carlos Lohse).

As atrizes protagonistas do longa, Bianca Comparato e Regina Braga, que fazem o papel de Dulce mais jovem e mais velha respectivamente, mostram o resultado de um trabalho de consonância entre elas. Uma parceria que objetivou retratar a vida de umas mulheres mais importantes da história da Igreja Católica na Bahia, chegando a ser indicada ao Prêmio Nobel da Paz, em 1988, e beatificada pela Igreja em 2012. É popularmente conhecida como o "anjo bom da Bahia".

Dulce foi a responsável pela construção e funcionamento do hospital que surgiu primeiramente em um galinheiro no convento de Santo Antônio. E hoje, é um dos maiores hospital de todo o estado baiano, atendendo a milhares de pessoas.

O filme então nos mostra a trajetória de vida de uma pessoa que lutou incessantemente pelo bem do próximo. A fotografia é um dos pontos fortes da produção, que traz Salvador dos anos 40 até os 80, de forma bem trabalhada e muito bonita. Não se direciona a enaltecer a religião católica, mas sim de evidenciar a figura que foi irmã Dulce, uma mulher que sabia lidar e dialogar com especificidades das quais o seu povo contemporâneo não compreendia.


Por Lucas Afonso de Souza.


terça-feira, 1 de novembro de 2016

Diário de Graduação - O meu primeiro semestre: bem-vindo à comunicação, Lucas Afonso


Contempla-se no olhar a intensa e vívida felicidade. Felicidade daquele que sonhou um dia estar em uma universidade federal. Alegria daquele que tirava muitos momentos para refletir e pensar na possibilidade de um futuro condizente com os seus devaneios. A satisfação em estar fazendo algo que acredita ser bom, tanto para si, quanto, principalmente, para os outros. O orgulho de poder conviver com pessoas maravilhosas, familiares e amigos, que acreditaram e acreditam em seu potencial. Sabe-se que este ser agora respira paz e acredita em seu futuro. Acredita, que com suas pequenas atitudes e escolhas pode se engajar na busca por um mundo melhor.


Outubro de 2015 - A porta de entrada

A alegria estampada no rosto pela aprovação.
Era um sábado. O primeiro dia em que iria confiar em todos métodos de estudos utilizados para realizar da melhor maneira possível o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), conhecido por sua grande relevância aos que almejam uma vaga em universidade pública ou mesmo uma bolsa para uma instituição privada. Havia pensado muito a respeito do meu comportamento e situação psicológica nos dias das provas. Como no segundo ano do Ensino Médio havia ficado bastante nervoso, minha intenção aquele ano, o grande ano, era me comportar diferente comigo mesmo. A paz instaurada dentro de mim foi, ao meu ver, algo extremamente importante para atingir os resultados que alcancei com a prova. Sim, os dois dias de exame foram maravilhosos para mim. Estava em paz comigo mesmo, não com autoconfiança elevada, todavia, controlada e coerente com a determinação e empenho que exerci ao longo dos meses estudando para o ENEM.

Janeiro de 2016 - A emoção pela colheita dos esforços

Após chegar de um festival de música sertaneja em Caldas Novas, o tão esperado dia do resultado ser publicado, chegou. 18 de janeiro de 2016, a tela do celular apresentava aquilo que para mim foi tanto refletido e desejado. O curso de jornalismo em uma universidade pública federal se aproximava e a concretização deste grandioso sonho passava pela minha cabeça sem ao menos eu compreender o real sentido daquilo tudo. Compartilhar essa alegria às pessoas próximas era inevitável, e o melhor, vê-las felizes e contentes com minha situação foi muito importante para mim. O apoio de conhecidos, amigos e familiares se torna algo motivador. Uma nova fase da minha vida estava por vir. Novos desafios, novas vivências, novas pessoas. Será que formarei amizades? O que acontecerá com os laços que havia formado no Ensino Médio? Este curso seria realmente o que estava pensando, aquele em que pensei tanto sobre como parte essencial à minha vida?

Inicia-se uma nova turma, a turma da minha graduação, de número 50, de vários rostos e peculiaridades.

Março de 2016 - O primeiro dia


Dia em que pude conhecer este maravilhoso mundo d@s transsexuais.
Esta roda de conversa fez parte da semana dos calouros, especialmente
preparada por noss@s lin@os e meig@s veteran@s.
Último dia do terceiro mês do ano, primeiro dia do primeiro mês de uma quantidade ainda não exata de anos. Nos dois meses que separaram o dia do resultado com o primeiro dia na universidade foram de muita,  muita e muita ansiedade para mim. Havia conhecido no dia da matrícula e pela internet alguns veteranos que puderam sanar muitas das minhas inquetações. Este dia foi incrível, conheci melhor o lugar que estudaria a minha graduação - e que lugar! -, conheci veteranos e professores,  e também, pelo menos de vista, os meus colegas.

Abril de 2016 - Bem-vindo à comunicação

O primeiro mês de graduação proporcionou em minha vida grandes descobertas. Estava me concretizando como um ser humano, em alguns aspectos, diferente do que eu era. O espaço da universidade me mostrou lados em que não era de meu conhecimento. Tornei-me uma pessoa mais sensível e crítica quanto a uma série de variáveis que se permeiam em nossa sociedade. Foi tempo também de adquirir os primeiros conhecimentos sobre aquilo que estava escolhendo como profissão. Tempo de começar a perceber sutilezas e benefícios que o processo de comunicação social causa na minha vida e na de outras pessoas mais.

Pessoas que marcaram este período de novidades em minha vida.
Estudaria neste primeiro semestre cerca de seis disciplinas: Introdução ao Jornalismo, Cidadania e Direitos Humanos, Produção de Texto Jornalístico I, História do Jornalismo, Estudos da Imagem e Língua Portuguesa. Conteúdos diversos, mas essenciais para me nortear em meio ao curso e que contribuem muito para o processo de aprendizado em que o estudante de jornalismo é submetido. E foram a parir dessas matérias que minhas primeiras produções saíram. E o melhor disso tudo? Estava gostando.

Maio de 2016 - Experiências de crescimento da prática e da teoria


Primeiro programa de WebTV exibido AO VIVO com sucesso.
Foi uma experiência maravilhosa.
Maio com certeza foi um mês em tanto neste primeiro período do curso. Participei do primeiro congresso de comunicação, o Intercom Centro-Oeste. Experiências maravilhosas em três dias de evento, muitos bons profissionais que passaram conhecimentos importantíssimos em discussões pertinentes atreladas às relações da sociedade. Um congresso para pessoas relacionadas à comunicação, porém, em que a participação de pessoas de áreas diversas seria interessante, pois, os assuntos abordados relacionavam questões relacionados a todos de alguma forma

Também, no mesmo mês, a Jornada Magnífica, foi um evento ocorrido na Faculdade de Informação e Comunicação da Universidade Federal de Goiás - onde estudo -, que impulsionou em mim gostos dos quais não achava que se interessaria. Neste evento produzimos programas de WebTV e de Rádio, os nossos primeiros de muitos - espero -, que apesar de terem envolvido bastante nevosismo e ansiedade, foram importantíssimos para o início de nosso crescimento na faculdade.

Junho de 2016 - Produções


Uma grande e lindíssima companheira e amiga que
o jornalismo me apresentou, Andressa Oliveira.
As atividades avaliativas já estavam presentes em nossa realidade. Algumas mais difíceis e complexas, outras nem tanto. Início da produção de um artigo científico, uma crônica coletiva, seminários e muitas notícias. Minha paixão pela comunicação e pelo jornalismo se aflorava ainda mais e se fundamentava em minha essência. Começava a receber elogios de estar feliz a todo o momento, e sim, estava e estou muito feliz com minha escolha.

Julho de 2016 - Mês das confirmações

Mês em que todos já estavam de férias, mas, nós estudávamos devido à última greve. Mês também, das últimas avaliações, provas e trabalhos que testavam meus conhecimentos em comunicação, que ao final surtiram em um bom resultado - fiquei muito feliz por isso -. Julho foi um mês maravilhoso na faculdade, foi quando de fato confirmei a mim mesmo minha alegria em estar fazendo parte dessa família, deste ramo, de poder ser parte de uma função muito relevante à sociedade.

Descobri de fato o meu lado humanas.
Pessoas muito especiais passaram a conviver
comigo. Lembranças e bons momentos,
já guardados nas memórias,
Os vínculos que construí ao longo desses poucos meses foram essenciais para dar continuidade a minha assídua alegria, da qual muitos de meus amigos sempre mencionam. Realmente não pensava que iria formar belos laços de amizades logo assim de cara. Em um mês de convivência já havia ganhado minha primeira comemoração de aniversário surpresa na faculdade em que estudo, com direito a drama e atuação de uma amiga minha que me enganou muito bem. Pessoas maravilhosas, cada uma com sua peculiaridade me fisgou, e já, com certeza, conquistou um lugar no meu coração e em minhas memórias.

Sou muito grato por todxs que me ajudaram em todo o período de estudos pré-faculdade, professores e colegas importantíssimos para a construção deste conhecimento. Sou muito grato pelos meus amigos que me ajudaram e me apoiaram sempre. Sou muito grato pelos meus pais e meu irmão que nunca desistiram de mim e sempre me incentivaram a estudar, a batalhar em busca da realização de meus sonhos. Estou muitíssimo feliz com tudo isso. Desde que comecei a fazer jornalismo sou um Lucas Afonso diferente, mais aberto às dissonâncias, crítico, perspicaz. Sou um outro, que busca sempre pela harmonia e pela percepção das sutilezas presentes na realidade.

Bom pessoal, isso foi um pouquinho do que vivi neste início da minha vida universitária. Espero que tenham gostado, aguardo os comentários no post. Agradeço a leitura de todxs! Abraços...

Por Lucas Afonso de Souza.


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