sexta-feira, 29 de julho de 2016

Análise de música - "Pretty Hurts" - Beyoncé





Como forma de aprofundamento das publicações musicais do Blog resolvi fazer análises de letras musicais que me chamam a atenção. Assim, podemos trocar ideias a respeito de músicas que nos agradaram ou das quais não gostamos. Afirmo aqui minha paixão por música, uma arte que para mim possui um impacto gritante em nossa sociedade, mas que infelizmente não possui produções que possam acrescentar algo em alguém.

Tenho em mente que é super válido uma música apresentar em sua letra uma discussão pertinente e que possa gerar reflexões pelos ouvintes. As músicas são formas de externização de nossos sentimentos, aflições, angústias, denúncias, inquietudes, alegrias. Desta forma, ela é um instrumento em que o homem tem a possibilidade de utilizá-la para que possa fazer nela a sua expressão, 

Beyoncé em cena gravada para o videoclipe oficial de "Pretty Hurts" (Fonte: Ipop Club).

Pretty Hurts - Beyoncé

Encontra-se no vídeo acima toda a letra da música em sua versão original (língua inglesa). Esta é mais uma produção musical interpretada por Beyoncé que carrega um cunho engajado em seu escrita. Perfaz-se uma imagem da cantora americana de artista completa, a qual além de cantar muito bem e se apresentar como uma pessoa simpática, ela trabalha com canções inteligentes, que nos passam mensagens de relevância social.

"A Beleza Machuca", título da música em português, é extremamente crítico e ressalta discussões que vão além do que está. Estabelece-se ao longo da música a questão dos padrões de beleza instituídos pela sociedade. Um padrão que impõe uma estética imposta às mulheres, e que as fazem buscar uma adequação ao que foi imposto, deixando de ser elas mesmas para serem o que os outros querem que elas sejam.

O trecho "perfection is the disease of a nation" (a perfeição é a doença de uma nação) traz a ideia de enfermidade aplicada àqueles que almejam incessantemente ficaram perfeitos a olhares alheios. A doença da sociedade capitalista de viver de determinismos que restringem a liberdade das pessoas.

Quando a música nos traz a mensagem de que é a alma que necessita de cirurgia, ironicamente e criticamente, nos demonstra que produções musicais servem para a manifestação de angústias e podem fazer isso muito bem. A letra então prega, que é preciso reparar primeiro a alma, sua integridade psicológica, para repensar atitudes precipitadas e errôneas que querem mudanças e adaptações repentinas no corpo humano em busca da perfeição tida como inalcançável.


Por Lucas Afonso de Souza.


terça-feira, 26 de julho de 2016

Cinema - Resenha de "Equals"

Sinopse: No futuro, existe uma nova raça de seres humanos: os Equals, indivíduos pacíficos, justos e que não possuem mais emoções. Até que uma doença passa a ameaçar todos, ativando sentimentos em suas vítimas, que são excluídas do resto da sociedade. Silas (Nicholas Hoult) é infectado, mas percebe que Nia (Kristen Stewart) também possui sentimentos, sendo capaz de escondê-los. Sentindo pela primeira vez algum tipo de intimidade em suas vidas, eles decidem fugir.


Fonte: Adoro Cinema.



Trailer do filme (Fonte: Youtube).


Capa do filme (Fonte: Series em Cena).
Resenha: Com uma perspectiva futurística, "Equals" é um filme de caráter essencialmente inovador. O longa inova ao além de propor uma nova raça humana, caracterizada pela igualdade entre os seres e pela ausência de emoções entre os mesmos, instaura uma discussão relevante acerca da essência humana. Coloca-se em chegue o que o ser humano é por natureza e, insere isso em meio a um contexto onde todos são iguais e essa essência humana é tida como uma patologia.

Nesta ficção, Silas é um rapaz que trabalha em uma corporação que visa as descobertas no universo. Em seu trabalho, uma mulher chama sua atenção, a qual se chama Nia, e produz em um período de tempo no filme um mistério, que instiga tanto Silas quanto quem assiste.

É descoberta uma doença que está se alastrando rapidamente entre os equals, a S.O.S - síndrome da mudança -, a qual faz com que as pessoas mudem seu jeito de ser e se tornam seres diferentes, tidos pela organização da Saúde e Segurança como agressivos. Há vários estágios da doença, nos iniciais a pessoa ainda possui tratamento através da utilização de inibidores, mas quando se avança para um nível mais crítico, os doentes são encaminhados ao DEN, local onde os estados críticos são direcionados. Muitos se suicidam, pois, não aguentam a pressão de serem pegos por estarem com a síndrome em um estado avançado.

O que Silas menos esperava era que ele passasse por este processo de mudança causado pela S.O.S. A partir do momento em que ele se sente diferente, em que seu corpo passa a responder de uma forma dissonante, várias descobertas são feitas. Nia, que o instigava passa a ser mais atraente aos olhos de Silas. Uma aproximação entre os dois é inevitável. Formam um vínculo, no qual descobrirão a essência de serem seres humanos. Uma desapropriação das características desta nova raça, os equals, para se conhecerem como são naturalmente, humanos que possuem sentimentos e emoções.

A conexão que se estabelece entre Silas e Nia é perspicaz e intrigante, um dos pontos fortes do filme (Fonte: Cine POP).

As atuações de Kristen Stewart e de Nicholas Holt são extremamente impecáveis, somadas à fotografia e trilha sonora do longa, resulta-se em uma produção muito bem elaborada e escrita. A ligação que há entre as personagens Nia e Silas é algo peculiar na compreensão da trama. Todos os intrigantes acontecimentos faz com que o espectador se prenda à trama. Desenvolve-se um romance intenso e explorador que representa com sutileza a descoberta do amor, da paixão por duas pessoas.


Por Lucas Afonso de Souza.

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